domingo, 27 de junho de 2010
Desabafo para mim mesma
terça-feira, 1 de junho de 2010
Depois de muito tempo, introspectiva.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
O Carnaval
Por Madson Ferreira
É impressionante como as pessoas se libertam no Carnaval. Elas quebram o jejum da busca anual pelo amor perfeito e partem em busca do amor possível. Mesmo que não dê em nada, o que quase sempre é o mais provável. Mesmo assim, todos saem de casa com uma meta: se divertir. E isso, diga-se de passagem, inclui várias latinhas de cervejas e muito beijo na boca. Em várias bocas; na verdade, na maior quantidade de bocas possível. As pessoas deixam de lado a conversa fiada e partem logo para o ataque. Nada de blá-blá-blá. Sem enrolação. Não há tempo nem para causar uma má primeira impressão.
O maior desejo da boca é o beijo. E no Carnaval isso fica mais evidente. Todo mundo quer mesmo sexo. O cheiro da carne implorando por carne, calor, gosto de suor na boca, onde o homem pode ser realmente homem. Libertar seus instintos, seu eros, sua libido. As pessoas saem semi-nuas às ruas, trajadas apenas de si mesmas. Isso é Carnaval. É quando a gente experimenta um pouquinho do inferno e deseja padecer lá nesses quatro dias do ano.
País que não tem Carnaval que nem o Brasil não entende nada. Fica um monte de “gringo” louco, pulando com dedinho, mas que não sabe, de fato, apreciar essa energia. Esse misto de povo com povo, de gente ralando em gente.
Bom, mas o fato é que é expressamente proibido, ou, ao menos, mal tom, brincar Carnaval namorando. Primeiro que isso poderia comprometer bastante uma relação. E segundo que vocês, casais, já têm o seu dia. Afinal, o Carnaval é o equivalente ao dia dos namorados para os solteiros, só que convertido em quase uma semana. É quando nós, solteiros, podemos jogar na cara de todos os ”namorandos” o quão bom é estar livre, conhecer novas pessoas e ficar sem pensar no amanhã. Já nos sentimos mal o suficiente quando vocês celebram o 12 de junho, como que para jogar na nossa cara que ainda estamos sozinhos e sem perspectivas.
Mas não é tão deprimente assim. Eu, particularmente, acho o 12 de junho uma porcaria. É apenas um dia, você tem gastar dinheiro com presentes e ainda nem é feriado. Prefiro muito mais o Carnaval.
Então, brinquemos o Carnaval de forma espontânea e descontraída. Sem compromisso, sem hora de voltar pra casa, sem dar satisfações e sem peso na consciência. Deixemos pra pensar em amor, fidelidade, discutir a relação, e todas essas coisas chatas, no 12 de junho.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Uma manhã diferente
Um choque de realidades.
Sem dramas ou clichês, o grupo todo ficou meio tocado.
A "luta" diária da gente é tão diferente daquilo,
o que a gente almeja, o que a gente reclama...
Eles só querem a cura, só querem viver, lutam por isso
e os pais daquelas crianças lutam pra ter força
e não chorarem a cada vez que alguém transmite
uma mensagem de esperança.
Esperança...uma das mães que estavam lá
conversou com minha amiga e, chorando, contou
que seu filho tem câncer, acabou de sair de uma cirurgia
e descobriu que sua filha também tem a doença.
Ela é mãe, tem que dar força, tem que recomeçar, não pode desmoronar...
Mas chorou ali, enquanto seu filho não estava do lado.
Se eu pudesse levaria tantos amigos pra lá,
não como forma de passar na cara e mostrar outras realidades,
até porque eu sou uma das que precisa ir o resto da vida
pra parar de reclamar de coisas tão fúteis...
Mas é uma sensação única a de ficar feliz e deixar feliz uma pessoa
com um gesto ridiculamente simples.
Deixar feliz chega a ser de mais, eu diria fazer sorrir,
fazer com que aquele pirralha veja que alguém se importa com ele,
que aquela velhinha não está sozinha,
que vale a pena pegar o ônibus que vem lá do interior,
passar o dia esperando pra ser atendido, mesmo com fome,
e ainda sorrir.
Enfim, isso pode ser mais um textinho igual ao de quem visita um hospital
com criancinhas que choram e mães cheias de olheiras de noites e noites mal dormidas.
Mas tinha que colocar isso pra fora
e espero ter comigo essa sensação pra não abandonar a idéia
e poder voltar mais vezes, com a mesma vontade.