sábado, 23 de maio de 2009

Esquece.

Esse é o clima pra escrever.
Chuva, saudade, falta...

Hoje não quero falar nada, só deixo
essa música.

Grande Cartola.
Fala por mim, às vezes.



Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aconteceu.

Quando eu era pequena (eu e a velha nostalgia), aliás, há uns anos
atrás, eu lia textos sobre a vida corrida adulta, sobre arrependimentos
quando a gente fica velho e percebe que não tem mais tantos amigos,
que não demos valor...
Enfim, todo mundo já leu isso em e-mails de correntes.

O fato é que eu nunca achava que ía acontecer comigo, de não
ter tempo de dar atenção a algumas pessoas que foram
perdendo a importância, outras nem perderam, mas foram
saindo da prioridade da minha agenda cheia.

Minha ex melhor amiga teve um bebê segunda-feira passada, eu só
encontrei com ela UMA VEZ durante a gravidez, e nem levei presentinho.

Ainda não visitei as duas, e sempre fico adiando, seja porque tenho uma festa
pra ir no próximo final de semana, ou porque não tenho carona pra ir (detalhe: ela 
mora no mesmo bairro, a algumas quadras da minha casa, aonde eu ía todo
santo dia quando tinha uns 12 anos, éramos 6ª série, e não passávamos um dia
separadas).

Ela é só um exemplo, pois outra amiga teve bebê e tenho a cara
de pau de não ter ido visitar.
E eu pensava que quando a primeira amiga tivesse um filho, seria um marco
na minha vida, ficaria 24 horas grudada, aprendendo a trocar fralda e a dar banho.

É, acho que tô virando adulta e fria a ponto de estar deixando essas coisas
importantes passarem em branco.

Não acho que todo mundo fica assim, espero que não.
E também tudo pode se reverter, basta não ficar sempre adiando
para o próximo final de semana aquela ligação pra saber
se está tudo bem, aquele e-mail que antes era trocado diariamente
falando de besteiras da vida, aquela visitinha, aquele almoço feito em conjunto
pelas amigas...
Tudo que eu fazia e era "vital" pra mim, deixei pra lá.

O que acabo de escrever passa um pouco de tristeza, coisa que não estou.
Posso dizer que caiu a ficha da pessoa que virei e isso me asusta um pouco.
Ainda bem que percebi com 21 anos.

É só.
Até!

domingo, 3 de maio de 2009

EU.

Mais uma vez começo daquele mesmo jeito: sem saber o que quero falar e porque
estou escrevendo (e com o teclado travando e me irritando a cada palavra que tenho
que reescrever).

Venho escrevendo um livro, uma pretensão de livro,
mas que já venho deixando um pouco de lado, pra não
perder o costume.

Falando em deixar de lado, tenho aprendido também
a deixar pessoas de lado. Se isso é bom? Pra mim, está
sendo.
Se isso é egoísmo, não sei também.
O fato é que estou numa TPM (impaciência, ansiedade, sede de fazer
o que quero, na hora que quero e com quem quero) constante.

Se me faz bem, faço questão, mas se vejo que a mesma pessoa
está cagando pra mim, abraço.
Ah, como é bom ter aprendido a ser assim.
As raivas, mágoas, vontades reprimidas, desejos, saudades, tudo
isso não duram mais o mesmo tempo.

A ansiedade atrapalha, mas acelera o começo ou fim de algo e ultimamente
não tenho paciência de esperar (por pessoas).

Ontem mesmo fiquei puta porque passei o feriado todo
organizando alguma coisa pra todo mundo se reunir, coisa e tal...
Até que se juntaram e além de não chamarem, ainda desligaram telefone.
Eu, que faço questão de não ser delicada e mostrar minha "putice"
em relação a tal falta de consideração, liguei pra um deles,
falei poucas e boas, me senti um POUCO mais aliviada, e continuei
com meu programa legal com Fred, na casa dele, com a família (também
muito legal), comendo fondue de queijo e tomando cerveja.

Então minha ansiedade de ver pessoas, de estar com elas, me fez
ficar frustrada e mudar radicalmente minha posição,
de hoje em diante.

Não era nem disso que queria falar...
Quando tava perto de dormir (na casa de Fred) e conversando com ele,
falávamos de futuro, estudo, academia, objetivos, força de vontade, concursos
públicos...E vi o quanto me conhecia e como me enganava e aos outros.

Eu digo: vou correr na praia, estudar pra concurso e passar, melhorar
alimentação.
Já desisti da idéia de ser mais dedicada à faculdade, por exemplo.

Mas sei que não vou correr em canto nenhum, que estudarei uma semana
pra concurso e vou parar novamente, continuando assim no meu estágio,
que pode virar emprego remunerado razoavelmente, e que minha alimentação
vai continuar sendo à base de pão, ovo e leite com Nescau pelas manhãs
e noites e macarrão com frango no almoço.

Se um dia sentir vontade real de mudar isso, assim o farei.
Mas sei que não adianta forçar uma mudança que
no fundo, me incomoda.
Talvez seja preguiça e acomodação, e daí?
Quando eu quiser e achar que devo, estudo, malho, como bem.

Não que eu não fique preocupada com o futuro, já tenho 21 anos e sou
uma mocinha, quase mulher, ok!
Mas quero ter um tempo para poder tomar fôlego, pegar gosto
por alguma coisa, e enquanto isso, quero ignorar tudo
que me incomoda, como PESSOAS, coisas, preocupações, controles,
resignações (comidas e cerveja).

É isso.

Vou cochilar, mesmo sabendo que isso me fará ficar
acordada até tarde, e que vou me lascar pra acordar
às 5h30, em uma manhã chuvosa de segunda-feira,
quando não pegarei
carona com meu pai por não estar falando com ele, e
não poderei chegar atrasada, pois reprovarei por falta.

=)