terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Uma manhã diferente

Hoje fomos ao Hospital do Câncer fazer uma visita.
Um choque de realidades.

Sem dramas ou clichês, o grupo todo ficou meio tocado.
A "luta" diária da gente é tão diferente daquilo,
o que a gente almeja, o que a gente reclama...

Eles só querem a cura, só querem viver, lutam por isso
e os pais daquelas crianças lutam pra ter força
e não chorarem a cada vez que alguém transmite
uma mensagem de esperança.

Esperança...uma das mães que estavam lá
conversou com minha amiga e, chorando, contou
que seu filho tem câncer, acabou de sair de uma cirurgia
e descobriu que sua filha também tem a doença.

Ela é mãe, tem que dar força, tem que recomeçar, não pode desmoronar...
Mas chorou ali, enquanto seu filho não estava do lado.

Se eu pudesse levaria tantos amigos pra lá,
não como forma de passar na cara e mostrar outras realidades,
até porque eu sou uma das que precisa ir o resto da vida
pra parar de reclamar de coisas tão fúteis...
Mas é uma sensação única a de ficar feliz e deixar feliz uma pessoa
com um gesto ridiculamente simples.

Deixar feliz chega a ser de mais, eu diria fazer sorrir,
fazer com que aquele pirralha veja que alguém se importa com ele,
que aquela velhinha não está sozinha,
que vale a pena pegar o ônibus que vem lá do interior,
passar o dia esperando pra ser atendido, mesmo com fome,
e ainda sorrir.

Enfim, isso pode ser mais um textinho igual ao de quem visita um hospital
com criancinhas que choram e mães cheias de olheiras de noites e noites mal dormidas.
Mas tinha que colocar isso pra fora
e espero ter comigo essa sensação pra não abandonar a idéia
e poder voltar mais vezes, com a mesma vontade.

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