domingo, 3 de maio de 2009

EU.

Mais uma vez começo daquele mesmo jeito: sem saber o que quero falar e porque
estou escrevendo (e com o teclado travando e me irritando a cada palavra que tenho
que reescrever).

Venho escrevendo um livro, uma pretensão de livro,
mas que já venho deixando um pouco de lado, pra não
perder o costume.

Falando em deixar de lado, tenho aprendido também
a deixar pessoas de lado. Se isso é bom? Pra mim, está
sendo.
Se isso é egoísmo, não sei também.
O fato é que estou numa TPM (impaciência, ansiedade, sede de fazer
o que quero, na hora que quero e com quem quero) constante.

Se me faz bem, faço questão, mas se vejo que a mesma pessoa
está cagando pra mim, abraço.
Ah, como é bom ter aprendido a ser assim.
As raivas, mágoas, vontades reprimidas, desejos, saudades, tudo
isso não duram mais o mesmo tempo.

A ansiedade atrapalha, mas acelera o começo ou fim de algo e ultimamente
não tenho paciência de esperar (por pessoas).

Ontem mesmo fiquei puta porque passei o feriado todo
organizando alguma coisa pra todo mundo se reunir, coisa e tal...
Até que se juntaram e além de não chamarem, ainda desligaram telefone.
Eu, que faço questão de não ser delicada e mostrar minha "putice"
em relação a tal falta de consideração, liguei pra um deles,
falei poucas e boas, me senti um POUCO mais aliviada, e continuei
com meu programa legal com Fred, na casa dele, com a família (também
muito legal), comendo fondue de queijo e tomando cerveja.

Então minha ansiedade de ver pessoas, de estar com elas, me fez
ficar frustrada e mudar radicalmente minha posição,
de hoje em diante.

Não era nem disso que queria falar...
Quando tava perto de dormir (na casa de Fred) e conversando com ele,
falávamos de futuro, estudo, academia, objetivos, força de vontade, concursos
públicos...E vi o quanto me conhecia e como me enganava e aos outros.

Eu digo: vou correr na praia, estudar pra concurso e passar, melhorar
alimentação.
Já desisti da idéia de ser mais dedicada à faculdade, por exemplo.

Mas sei que não vou correr em canto nenhum, que estudarei uma semana
pra concurso e vou parar novamente, continuando assim no meu estágio,
que pode virar emprego remunerado razoavelmente, e que minha alimentação
vai continuar sendo à base de pão, ovo e leite com Nescau pelas manhãs
e noites e macarrão com frango no almoço.

Se um dia sentir vontade real de mudar isso, assim o farei.
Mas sei que não adianta forçar uma mudança que
no fundo, me incomoda.
Talvez seja preguiça e acomodação, e daí?
Quando eu quiser e achar que devo, estudo, malho, como bem.

Não que eu não fique preocupada com o futuro, já tenho 21 anos e sou
uma mocinha, quase mulher, ok!
Mas quero ter um tempo para poder tomar fôlego, pegar gosto
por alguma coisa, e enquanto isso, quero ignorar tudo
que me incomoda, como PESSOAS, coisas, preocupações, controles,
resignações (comidas e cerveja).

É isso.

Vou cochilar, mesmo sabendo que isso me fará ficar
acordada até tarde, e que vou me lascar pra acordar
às 5h30, em uma manhã chuvosa de segunda-feira,
quando não pegarei
carona com meu pai por não estar falando com ele, e
não poderei chegar atrasada, pois reprovarei por falta.

=)

Um comentário:

  1. se tu não consegue fazer tudo que planeja, escolha pelo menos UMA COISA pra seguir.
    QUASE MULHER, een eeeeen.
    se cuide, joaninha.

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