quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aconteceu.

Quando eu era pequena (eu e a velha nostalgia), aliás, há uns anos
atrás, eu lia textos sobre a vida corrida adulta, sobre arrependimentos
quando a gente fica velho e percebe que não tem mais tantos amigos,
que não demos valor...
Enfim, todo mundo já leu isso em e-mails de correntes.

O fato é que eu nunca achava que ía acontecer comigo, de não
ter tempo de dar atenção a algumas pessoas que foram
perdendo a importância, outras nem perderam, mas foram
saindo da prioridade da minha agenda cheia.

Minha ex melhor amiga teve um bebê segunda-feira passada, eu só
encontrei com ela UMA VEZ durante a gravidez, e nem levei presentinho.

Ainda não visitei as duas, e sempre fico adiando, seja porque tenho uma festa
pra ir no próximo final de semana, ou porque não tenho carona pra ir (detalhe: ela 
mora no mesmo bairro, a algumas quadras da minha casa, aonde eu ía todo
santo dia quando tinha uns 12 anos, éramos 6ª série, e não passávamos um dia
separadas).

Ela é só um exemplo, pois outra amiga teve bebê e tenho a cara
de pau de não ter ido visitar.
E eu pensava que quando a primeira amiga tivesse um filho, seria um marco
na minha vida, ficaria 24 horas grudada, aprendendo a trocar fralda e a dar banho.

É, acho que tô virando adulta e fria a ponto de estar deixando essas coisas
importantes passarem em branco.

Não acho que todo mundo fica assim, espero que não.
E também tudo pode se reverter, basta não ficar sempre adiando
para o próximo final de semana aquela ligação pra saber
se está tudo bem, aquele e-mail que antes era trocado diariamente
falando de besteiras da vida, aquela visitinha, aquele almoço feito em conjunto
pelas amigas...
Tudo que eu fazia e era "vital" pra mim, deixei pra lá.

O que acabo de escrever passa um pouco de tristeza, coisa que não estou.
Posso dizer que caiu a ficha da pessoa que virei e isso me asusta um pouco.
Ainda bem que percebi com 21 anos.

É só.
Até!

4 comentários:

  1. ô, joaninha.
    parece até que você está com 47 anos.
    fiquei triste, viu?
    pois se você tem 47 já sou um CINQUENTÃO.

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    se tenho essa nostalgia precoce,
    imagine quando tiver velhinha!
    Quando vejo algum veinho na rua,
    bate uma angúsita!
    aiuhdiashdihsaiuhdasd

    mas morrerei, depois da velhice..e
    logo passará!

    tá bom de filosofia, vou trabalhar!

    Beijo, rafa! obrigada pela presença fiel!
    kkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  3. É JÕ, esse é um sentimento tão teu e tão compartilhado pelos outros. É de quem tem a sensibilidade de sentir o que se passa e não simplesmente deixar a vida passar. Também sinto isso, sinto que as coisas qu eram das mais importantes vão ficando para lá. Mas é quando lembro disso que resolvo sair correndo na rua feito criança novamente.

    Quando eu era pirralho prometi pra mim mesmo que ia sempre me pergnutar "estou feliz nesse exato momento?". Essa seria uma forma de estar sempre feliz, porque estara sempre me questionando. Acho que muitas vezes da certo.

    Beijao e escreve sempre!

    ResponderExcluir